segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O melhor de 2008

Os melhores filmes estreados em Portugal em 2008, segundo os 'dados' do Blogue do JL





  1. 4 meses, 3 semanas e 2 dias,
    de Cristian Mingiu
  2. Walle.E, de Andrew Stanton
  3. Este Pais não é para Velhos, Joel e Ethan Coen
  4. No Vale de Elah, de Paul Haggis
  5. Destruir depois de ler, de Joel e Ethan Coen
  6. O Lado Selvagem, de Sean Penn
  7. O meu Irmão é filho único, de Daniele Luchetti
  8. Aquele Querido Mês de Agosto, de Miguel Gomes
  9. O Segredo de um Cuscuz, de Abdellatif Kechiche
  10. The Darjeeling Limited, de Wes Anderson

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Hoje, às 21, na FNAC Vasco da Gama





Fora de Mim
MANUEL HALPERN

29 Out Qua 21h 00 Vasco da Gama
Apresentação por Cláudia Galhós.
Actuação ao vivo pelo colectivo Ouvido Visual e de Filo Sax.


"Paulo. 23 anos. Mais uma noite no bairro Alto. De pé, na rua, copo na mão, encostado a uma parede, numa conversa parca em palavras. Estava farto de estar ali, mas ficava. Por vício, porque há anos que era assim, porque se um dia o Bairro fechasse não saberia o que fazer e, sobretudo, porque não queria voltar para casa…Seguiu para o Lux. Novamente o Lux. A música, as cores, o tudo e o nada. A mesma e velha necessidade de fugir da realidade. Patrícia. 32 anos. Jornalista na secção Sociedade de um jornal de Lisboa. O Lux como cenário ideal para uma reportagem, que nunca chegou a fazer, sobre o mundo da noite. Perdeu o fio de si própria e acordou, nua, numa cama desconhecida. O êxtase. Uma histérica fuga, uma súbita felicidade. A irreversível vontade de regressar e o perigo de perder a noção do ponto de partida. Paulo deixou-se ir. Viajou e partiu. E Patrícia?" Este é um excerto da recente obra de Manuel Halpern, intitulada, Fora de Mim. O autor é jornalista do JL, especialista em cultura, tendo desenvolvido nos últimos anos as áreas do Fado e de cultura urbana. A apresentação do livro e do autor ficará a cargo da Cláudia Galhós. Contaremos ainda com uma sessão de dj e vj pelo colectivo Ouvido Visual, com a participação especial de Filo Sax.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O texto de Ricardo Paulouro



Fora de Mim foi apresentado no Fundão por Ricardo Paulouro Neves. Fiquei muito satisfeito por ele ter aceite o meu convite. Além de ser natural do Fundão, o Ricardo é um jornalista de utopias, com espírito de missão. Coordena as revistas Textos & Pretextos e A23.



Estou aqui na qualidade de jornalista, que fala sobre outro jornalista.


Não posso, numa altura como esta, deixar de lembrar a célebre passagem de Hemingway, em 1934 em "Escrito de um velho jornalista", onde se dizia: "Todos os bons livros assemelham-se no facto de serem mais verdadeiros do que se tivessem acontecido realmente, e que, terminada a leitura de um deles, sentimos que tudo aquilo nos aconteceu mesmo, que agora nos pertencem o bem e o mal, o êxtase, o remorso e a mágoa, as pessoas e os lugares e o tempo que fez. Se conseguires dar essa sensação às pessoas, então és um bom escritor."


Falar a partir daqui deste livro de Manuel Halpern é falar de uma obra onde a questão da fronteira entre o real e a ficção é permanentemente colocada em causa. "Fora de mim", a sua estreia na ficção, será um olhar para o que rodeia o sujeito ou será antes outra forma de questionar a distância entre o que está fora e dentro?


Quando terminamos a leitura do livro de Manuel Halpern sentimos exactamente o mesmo que dizia Hemingway – também o livro está fora de nós mas, de algum modo, ele já nos pertence. Depois da escrita para teatro, da encenação ou da escrita sobre música, para além das centenas de crónicas publicadas no Jornal de Letras (um jornal ao serviço da cultura portuguesa, da língua e da lusofonia), Manuel Halpern conseguiu surpreender-nos com um romance sobre o qual, até à última página, duvidamos do tema. A sombra está bem presente desde a primeira página do romance – pares míticos como Romeu e Julieta ou D. Pedro e Inês de Castro servem de modelo a uma história que é, em minha opinião, sobre aquilo que separa (ou não) o amor da morte. Porque, e Halpern di-lo-á de várias formas, o amor não é corruptível nem pela própria morte.


Falta talvez a Halpern um caminho paralelo pelo cinema porque é de imagens cinematográficas que este seu livro se faz. Um desafio a um realizador que tem em mãos uma história onde o enredo se associa a imagens muito fortes que se sobrepõem às grandes questões existenciais que atravessam todo o romance – o que é o amor? Como sobrevive o corpo e a alma à morte? Existirá uma lógica para o amor, para a vida e para a própria morte?


Talvez Halpern não encontre a resposta que se procure ao longo do livro. Mas o livro, como o homem, é inacabado por natureza e sempre aberto ao futuro, dizem alguns filósofos. A matéria-prima, contudo, é sempre a mesma e é isso que faz do romance de Manuel Halpern uma obra promissora: o real é aquilo que se respira, a fonte de inspiração do escritor, como o é do jornalista.


Ricardo Paulouro
Festival Internacional de Cinema Jovem IMAGO, 2008


Foto de Margarida Dias roubada do site da A23

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fora de Mim no Fundão

Eu vou estar fora de mim no Fundão, no festival Imago, na próxima quinta-feira, 9, na segunda festa de lançamento.
O livro vai ser apresentado por Ricardo Palouro Neves, numa conversa informal, às cinco da tarde. A partir da meia-noite, ao exemplo do que aconteceu em Lisboa, o livro será interpretado musicalmente por vários DJ, incluindo Ouvido Visual, Bla Bla Bla DJ e Felizardo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fora de Mim na Visão





Excerto


«Paulo receou olhar
para a cama. Fechou
a cara nas mãos e
permaneceu estático. Espreitou
entre os dedos, na esperança
que aquela horrível e bela
visão desaparecesse. E voltou a
assustar-se ao ver o corpo que
ali continuava deitado. Ainda
tentou não ver, mas acabou
por se render aos seus olhos.
Por mais que deixasse cair as
pálpebras ela não saía dali. Não
dependia da sua vista. Já existia,
por si só, isolada, morta,
deitada nua na sua cama.
Desisto, aqui me tens.»






Na primeira Pessoa


Tentei explorar os limites do
amor, através de uma situação
extrema. Encontrei este limite
intransponível, que é a morte.
Contudo, tentei trespassá-lo,
fazendo com que uma alma
se apaixonasse por um corpo
e vice-versa, caindo talvez no
sobrenatural. Depois, quis dar
uma explicação lógica para
o sucedido, permitindo uma
leitura policial. É um livro com
duas verdades. A situação inicial
– uma mulher loira nua e morta
na cama – é muito cinematográfi
ca. O cinema e a música são,
aqui, infl uências tão preponderantes
como a própria literatura.
Dois fi lmes que me inspiraram
para este livro: Vertigo, de
Hitchcock; e Mullholland Drive,
de David Lynch.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Foi bonita a festa, pá!

Fiquei contente.

O Cobertor Eléctrico, o Bla Bla Bla DJ e o Carlos Vaz Marques estiveram em grande. Aqui fica o alinhamento do Ouvido Visual. Próxima paragem... Fundão


1
Meus Lindos Olhos
Mafalda Arnauth

2
Flower
Liz Phair

3
Apontamento
Margarida Pinto

4
North of My Mind
Temper

5
Lucy in the Sky with diamonds
Circule

6
Shall we take a Trip
Northside

7
Kinky Afro
Happy Mondays

8
She's so High
Blur

9
I Wanna be Adored
Stone Roses

10
Unbelievable
EMF

11
Tainted Love/Where did our love go
Soft Cell

12
My red hot car
Squarepusher

13
Looser
Beck

14
Cantaloop Flip fantasy
US3

15
Outta Space
Jimi Tenor

16
This is the day
The the

17
That Time
Regina Spektor

18
Sonhos Pop
Pop dell'arte

19
There's a light that never goes out
Smiths

20
Santa Maria del Bueno Aire
Gotan Project

21
Arte
Nosotrash